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Quando o Fascismo e a Religião se Abraçam

  • campusaraujo
  • 28 de out.
  • 1 min de leitura

Atualizado: 6 de nov.

Ilustração mostrando diversos cachorros com a camisa da seleção e faixas onde está escrito ANISTIA JÁ! Três cães em primeiro plano carregam nas costas a bandeira do Brasil, dois seguram a Bíblia e do centro segura um crucifixo.
Ilustração mostrando diversos cachorros com a camisa da seleção e faixas onde está escrito ANISTIA JÁ! Três cães em primeiro plano carregam nas costas a bandeira do Brasil, dois seguram a Bíblia e do centro segura um crucifixo.

Quando a Religião vira Perfume do Poder


Religião, meu caro, é sempre a muleta do poder e o fascismo entendeu isso muito bem. Mussolini não acreditava em Deus, mas usava crucifixos, padres e o papa para ganhar votos. Hitler também não rezava, mas falava de Providência para legitimar a barbárie.


O truque é simples: usar a religião como perfume. O fascista se unge de símbolos sagrados, faz acordos com a Igreja, promete moralidade e ganha silêncio cúmplice diante da violência. Enquanto padres pregam ordem e família, os milicianos quebram dentes na rua.


Sob fascismo, a religião não é espiritualidade, é espetáculo: missa no rádio, crucifixo sobre a bandeira, slogans bíblicos nos cartazes. É propaganda, anestésico, verniz. O povo se apega ao teatro como náufrago em tábua podre.


Em 1929, Mussolini assinou o Tratado de Latrão, dando ao Vaticano status de Estado soberano. Hitler nunca rompeu com a Igreja Luterana; alguns pastores até abençoaram suas tropas. Cristo virou cabo eleitoral, e Deus, capataz da guerra.


No fim, a religião usada pelo fascismo não salva almas, só as acorrenta. Serve como megafone sagrado para repetir: obedeça, cale-se, marche. Muitos acreditam estar servindo ao céu, mas seguem o inferno na Terra.




 
 
 

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