Que História é Essa, Cara?
- campusaraujo
- 19 de out.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 3 dias

O que é História, Mano?
História, meu caro leitor, não é só aquela matéria que você fingia prestar atenção enquanto desenhava espadas na borda do caderno. História é o modo mais elegante que o ser humano encontrou de não esquecer que já fez coisas boas e muitas besteiras neste mundo (e, se puder, vai repetir).
Primeiramente, história não é uma palavra só. São três disfarçadas de uma. Temos o tempo histórico, que é o fluxo infinito de acontecimentos, desde a invenção da roda até o dia em que o seu primo virou coach de produtividade. Tudo isso é história. Ontem é história. A última eleição é história. O café que você esquentou e esqueceu no micro-ondas também, embora sem grande relevância documental, a não ser que você seja um antropólogo do fracasso cotidiano.
Ciência Histórica e Historiografia
Depois, vem a ciência histórica: aquela gente séria (ou quase) que estuda o tempo histórico, cata pistas no lixo dos séculos e tenta entender como é que viemos parar nesse buraco. Pode ser usando documentos históricos, objetos, pinturas, cartas de amor, atas de reunião, memes... tudo o que foi deixado pra trás pelo ser humano, como quem tenta reconstruir a festa tendo como base apenas os copos quebrados.
E, por fim, temos a historiografia, que é a forma como se escreve isso tudo — a História com H maiúsculo. Ou seja, depois que o historiador vasculha, questiona, compara, briga com colegas em seminários acadêmicos e toma café demais, ele escreve um livro de história. E o livro vira a história oficial, até que venha outro historiador e diga que aquilo tá errado. E assim seguimos: um eterno Ctrl+Z da verdade.
Ah, e não se engane: o passado não muda. Porém, o que a gente entende sobre ele muda a todo momento. Heródoto, aquele grego curioso que inventou o negócio todo, chamava isso de investigação histórica. Eu chamo de tentativa desesperada de fazer sentido ao caos humano.
No fim das contas, história é isso: gente tentando entender gente, tempo tentando engolir tudo, e alguns velhos cronistas (tipo eu) tentando escrever o que sobrou.
Mas lembre-se: quem não olha pro passado, corre o risco de trazê-lo de volta, com paletó novo e as mesmas ideias velhas.


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